terça-feira, 10 de julho de 2007

MÍDIA GOLPISTA X PMDB

Bem interesante essa análise sobre a relação da mídia com o caso Renam Calheiros e Joaquim roriz feita por Eduardo Guimarães no seu blog cidadania.com
A mídia andou expondo as maracutaias do sempre envolvido em denúncias de corrupção Joaquim Roriz, duas vezes governador do Distrito Federal e aliado preferencial dos tucanos e pefelês.

Em 2002, Roriz venceu Geraldo Magela, do PT, na eleição para governador do DF. A vice de Roriz era do PSDB. Houve denúncias de golpes que ele teria dado para financiar sua campanha e de fraudes eleitorais que teria cometido para vencer. Tucanos, pefelês e a mídia tiveram muito trabalho para evitar que a Justiça Eleitoral o impedisse de assumir.

Hoje, Roriz mudou de lado e, conseqüentemente, perdeu o apoio que sempre teve na mídia, e que lhe permitiu ir tão longe em seus negócios "peculiares". Mas ele é carne e unha com o PSDB e o PFL. É um importante aliado deles em Brasília. Só que o PMDB entrou na base do governo e a mídia quer reverter isso.

A mídia está chantageando o PMDB para que deixe a aliança governista. Devido à quantidade de corruptos que há nesse partido, tanto os meios de comunicação quanto os peemedebistas sabem que há matérial para divulgar um escândalo a cada dois meses até 2010.

A saída do PMDB da aliança governista é imprescindível para o PSDB e o PFL. Com uma base de apoio tão ampla, o governo pode aprovar muita coisa que melhorará muito o país e deixará o eleitorado completamente permeável à opinião de Lula na hora de votar para presidente. Tucanos e pefelistas sabem que com o país indo bem como está indo, podem continuar fora do poder em 2011.

A questão, agora, é saber se o PMDB dará mais valor aos cargos que tem no governo, ao poder no qual sempre esteve desde a redemocratização, ou se irá preferir deixar o governo com medo da chantagem da mídia.

Renan Calheiros, apesar dos pesares, está se portando bem no seguinte ponto: a mídia poderia deixá-lo em paz se soltasse umas críticas ao governo Lula e se desse indício de que iria trabalhar para sabotar esse governo. Como presidente do Senado, Renan tem o que vender à mídia, ao PSDB e ao PFL. Parece que não aceita fazer isso. Aliás, Renan vem subindo o tom contra a mídia.
Renan parece ter cartas na manga. Suas declarações mais recentes, como a de que é "vítima de complô da mídia anti-Lula", sinalizam uma disposição de fazer declarações ainda mais contundentes que podem chegar aos donos dessa mídia e a alguns de seus negócios tão "peculiares" quanto os de Renan, Roriz e de outros que não são incomodados porque estão no grupo político "certo".

A mídia, em seu afã de derrubar Renan, pode estar tentando voar mais alto do que é capaz. Será divertido acompanhar essa novela. Não percam.

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